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Estamos vivendo a síndrome da commodity?

Como é de conhecimento de todos no idioma inglês, commodities significa mercadoria, aonde é um termo utilizado para produtos em estado bruto (matéria-prima). Produzido em larga escala por diversos produtores essas mercadorias são susceptíveis a transformação nas fases de industrialização, apresentando com isso um nível de negociação mundial. Embora muitos especialistas acreditasse que atualmente as commodities não são mais associadas a países em desenvolvimento a historia da humanidade nos apresenta outro resultado. Portugal a partir do século XVI especializou-se na extração de matéria prima no Brasil e com o tempo constatamos que o pioneirismo inglês com a revolução industrial e o uso de maquinas o posicionou como grande potencia mundial. Aliás se quiserem encontrar as matérias primas retiradas do Brasil por Portugal é só ir à Inglaterra. Hoje a Petrobras orgulha-se de ter tecnologia na exploração em aguas profundas, mas para o refino ainda estamos nas mãos de empresas multinacionais. O silício é o segundo elemento mais abundante da terra, constituindo em 27% da crosta terrestre, mas poucos países tiveram a tecnologia para transforma-lo em chips de computadores. Para ilustrar a questão entre 2006 e 2011, puxada pelas commodities, a receita de exportação do Brasil aumentou de US$ 135,9 bilhões para US$ 256 bilhões. Este ano, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) definiu US$ 264 bilhões como a meta de exportação, valor 3,1% maior que o do ano passado. E ainda no ano passado, apenas seis grupos de produtos, minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja e carne, açúcar e café representaram 47,1% do valor exportado. É claro que possuir matéria prima em abundancia é muito importante, mas industrializa-lo, agregando valor é o que separa as grandes potencias do “resto”.
     Saindo da visão macro podemos dizer que assim como nosso país existem profissionais que estão se tornando commodity. Por exemplo, na década de oitenta era muito importante possuir um curso de datilografia ao passo que hoje foi substituída pela digitação e com menor grau de importância. Portanto podemos dizer sem medo de errar que um profissional que possua somente esse tipo de diploma é uma commodity. Pode parecer até engraçado esse tipo de exemplo, mas se olhar para o lado, verão pessoas que pararam de estudar a anos. Acabou a graduação e já concluiu que é o suficiente. Pare um momento e pense. O que estou fazendo para ser empregável? Estou preparado para o mercado? Qual o meu diferencial?
    Infelizmente o Brasil já esta começando a sofrer a falta de profissionais qualificados, isto se deve principalmente pela falta de qualidade no ensino aliado ao pouco interesse nas pessoas em continuar estudando. Este cenário esta forçando empresas de diferentes setores a criar seus próprios centros de treinamento. Por exemplo, o setor de petróleo e gás esta com escassez de 35.000 engenheiros por ano, de acordo com pesquisa recente realizada pelo Hay Group. Por isso, assim como nosso país, estamos nos especializando em ser commodity (produtos em estado bruto) e vivendo em um mundo aonde a tecnologia esta em constante transformação. O que se espera de pessoas que vivem na era da informação é que busquem a informação. Portugal paga ate hoje o erro de ter explorado o Brasil durantes anos enquanto os demais países da Europa se ocuparam industrializando-se.
    Nosso país já tem o exemplo de Portugal para não seguir e cabe aos profissionais de todas as áreas arregaçarem as mangas e começar a estudar. Somente com estudo podemos transformar nossas vidas e mudar o rumo do Brasil.

 
 
 

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